Este trabalho aborda a centralidade do pensamento decolonial, destacando sua importância na construção de uma identidade latino-americana e no reconhecimento dos sujeitos subalternos. A pesquisa explora o debate sobre a produção de conhecimento sob uma perspectiva decolonial, questionando a hegemonia do pensamento eurocêntrico.
A teoria decolonial propõe uma ruptura com a modernidade/colonialidade, enfatizando a colonialidade do saber, do ser e da natureza. Diferenciando-se do pensamento pós-colonial, busca construir categorias próprias para a América Latina, reconhecendo que a colonização não foi superada, mas ressignificada na modernidade. O estudo analisa as críticas a essa abordagem, questionando se de fato rompe com a matriz europeia ou apenas a ressignifica.
A pesquisa também discute a narrativa dos povos subalternizados e os desafios da representatividade, destacando como a produção acadêmica ainda está restrita a espaços normativos. Além disso, problematiza a apropriação de discursos decoloniais sem uma real inclusão dos grupos historicamente marginalizados.
Por fim, a conclusão sugere que, em vez de um pensamento decolonial, seria mais adequado um pensamento anticolonial, que reconheça a colonização como parte da identidade latino-americana e proponha uma reconstrução do conhecimento baseada na realidade concreta dos sujeitos.
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